Sempre ao menos sao uns dias De deseanso e de paragem, A restaurar nossas forgas Para o resto da viagem. E, segundo me parece, Em Timor, permanecer Vamos quatro ou cinco dias, Como ja ouvi dizer. Muito bom e que assim seja, A ver, pois, se a gente anima. Porque, enfim, se assim nao for, Entao, adeus 0 vindima! De tao magro que me sinto Ja parego um carapau, E se animagao nao ha Nunca chego a ver Macau. E ver a linda Macau, fi toda a minha ambigao, Para matar as saudades Que levo no coragao. Pois bem morto por chegar Estou, e tambem OS meus, A tao formosa Cidade Do Santo Nome de Deus. Para mim vai ser um dia Dos mais alegres, que eu sei, Por bem poder abragar Amigos que la deixei. Ninguem pode calcular 0 prazer que vou sentir, Pois tantas sao as saudades, Que mal posso resistir. Mas, contudo, vou pedindo, A Deus que me de coragem, A fim de poder chegar Ao fim da minha viagem. E agora para fechar Este capitulo extenso, Creio que OS meus cumprimentos Aceitarao, como penso. Apertando a mao aos grandes E aos pequenos dando beijos, Passem todos muito bem Que estes sao OS meus desejos. ILHAS DE ENCANTO E MARAVILHA Ontem, que foi dia doze, E bem contente vos digo: Nao me quis dar ao fadario; Que desde ontem ja se avista Mas hoje que e dia treze, Muito perto aqui de nos, Aqui volto ao meu diario. Linda terra sempre a vista.
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