CHEGADA A TIMOR Hoje, quatorze de Junho, Dia de forte calor, Toda a gente se ergueu cedo Com ansia de ver Timor. Mas logo alguem ca de bordo, Disse muito esmorecido: Que durante a madrugada Andou o barco perdido. Que por azar se perdera De Timor, ja muito perto, Que deu voltas e mais voltas Para achar o rumo certo. Um cerrado nevoeiro (Causa de sustos e medos), Levou o barco ao encontro Dalguns abruptos rochedos. E, por fim, ja no canal, Ali andou "as aranhas", Tendo que retroceder Por causa doutras montanhas. So quando rompeu o dia, E que tomou o "Rovuma" A devida direcgao, Sem haver mais coisa alguma. E as dez da manha em ponto, Ei-lo entao e ja defronte Da cidade de Dili, Abrigada por um monte. Timor, pobre sofredora Do flagelo mundial, Tem a sua triste historia, Bem amarga por sinal. Vftima das ambigoes, E sobre um jugo opressor, Foi campo de dor e lutas A nossa pobre Timor. Mas o mal vencendo o bem, Depois de tanta opressao, Termina a guerra; e Timor Viu o sol da redencao. E hoje ali, onde ja reinam Galas e ostentagoes, Ressurgern dessas ruinas Tristonhas recordagoes. Os agravos que sofreram, As privagoes que passaram, Tanto OS que foram martires Como OS que em luta tombaram. Vejamos, mesmo em Dili, Alguns barcos afundados, E outras perdas, como prova Dos horrores ca passados. Daqui olhando a cidade, Eis a triste obra de Marte: Casas muitas destelhadas, Estragos por toda a parte. Para vermos bem Dili, Ha pois que esperar ainda, Ate que o barco fundeie Na sua baia linda. Cortando as aguas serenas, 0-barco,. devagarinho, CA vai chegando a cidade, Ficando dela pertinho.
RkJQdWJsaXNoZXIy MTQ1NDU2Ng==