IMPRESSOES DA CIDADE DE DILI Hoje, sexta, dia quinze, Muito guardo que contar, Mas se o ieitor nao se importa, Certa espera vai-me dar. Pego que me deixe enfim, Tempo e calma para ver Tudo isto muito bem, P'ra bem tudo de30rever. Pois, durante OS cineo dias Que vou estar em Timor, Conservar-me-ei calado Para contigo, leitor. Nao deves levar a mal; E a parte irei eu fazendo Todos OS apontamentos Das coisas que aqui for vendo. Sendo assim, caro leitor, Sem fazer mais referencias, Le-me no mesmo capitulo Depois destas reticencias •• Recomegando, leitor, Sempre de caneta em punho, Digo-te que ja estamos A dezanove de Junho. Sao duas horas da tarde, E ao ir ja pelo mar fora, Tudo o que tenho a dizer Passo a dize-lo agora. Sobre essa nossa Timor E a sua Nova Dili, Eis aqui em poucas linhas Tudo quanto por la vi... Timor, essa pobre vitima Dos flagelos de Deus Marte, Apenas ali nos mostra Ruinas por toda a parte. A cidade de Dili, (Salvo novas construgoes), Tem bem a vista OS estragos Das sofridas invasoes. Casas feitas de "palapa", Uma ou outra propriedade, Sao as unicas belezas Dessa pequena cidade. E, francamente, o que mais Extasia as criaturas, Sao, alom dessa baia, As suas lindas verduras. Altas arvores frondosas, Quase a maneira de arcadas, Dao grande vista a cidade E as suas casas colmadas. Casas, algumas de pedra, Ainda as ha pela terra, Esburacadas das balas, Destelhadas pela guerra. Remendadas de "palapa", Aguardam reconstrugao, Map la vao servindo ainda A muitos de habitagao. Porem, ja mais pitorescas E ate bastante engragadas, Sao somente, as de "palapa" A beirinha das estradas.
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