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Pareciam-me, OS indigenas, Perfeitos " Peles-Vermelhas " ; Uns usavam lindas penas, Outros, brincos nas orelhas. Outros entao de turbante, Escondendo a negra " poupa " ; E tambem vi la mulheres Pobres de carne e de roupa. Traziam por vestuario, A volta do corpo todo, Um grande pano florido Dobrado la a seu modo. As mais lindas timorenses Vestidas desta maneira, Escusam de ter modista, Alfaiate, ou costureira. Isto para alguns maridos Vinha a ser um bem profundo : Quem dera que um tal vestir Fosse moda em tudo o mundo. Os esposos poupariam Muita massa, como e claro, Porque o luxo das esposas F o que lhes fica mais caro. Mas, voltando aos timorenses, Ninguem confunda, por Deus, Os indigenas malaios Com OS filhos de europeus. Como em toda a parte, ali, Nunca na cor parecidos, Ha indigenas, mestizos, Brancos nossos la nascidos. E estes outros, como nos, Alem de iguais no vestir, No falar e nos costumes, Nao se podem confundir. De tao bem que se apresentam, Mais OS podemos supor, Puros filhos da Metropole, Que nascidos em Timor. Mas tambem do povo indfgena, Digamos com presuncao: Alem de ser delicado, Vai-se tornando cristao. A bem de Deus e da Patria, Pouco a pouco o fetichismo Deixado tem, consagrando-se Com fe ao catolicismo. Ja vao rareando aqueles Que por fanatico engano, Adoram como seu deus 0 manipanso africano. Mais dizendo desta gente, Muito franca e no tratar, Trabalhadora e. tambem, Grande amiga do seu lar. Nos campos ou na estiva, Ou noutras lidas dif'rentes, Julgo OS nossos timorenses Criaturas diligentes. Um pouco desconfiados, Porem, meigos e corteses, Tendo orgulho em se dizerem Como nos, bem Portugueses.

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