E aos domingos, por recreio, Nunca vi tanta alegria ! A grande luta do galo Ninguem falta nesse dia. Mais belo divertimento, Por certo, nem pode haver, Ca para OS bons timorenses, Como agora vamos ver. Ali num belo mercado Construido ja de novo, Aos domingos de manha, Da cidade acorre o povo. Pois que, embora so exista Em Dili este mercado, Conserva-se, o mesmo, ali Toda a semana fechado. Timor, por ser uma terra Produtiva, farta e bela, 0 mais uecessario a vida Encontra-se sempre nela. Razao, por que nao faz falta 0 mercado, que somente Abre as portas aos domingos, Onde acorre toda a gente. Por costume, nesse dia De manha, muito cedinho, Quem tem compras a fazer, Fa-las logo de caminho. Depois das dez da manha, Ja varrido todo o chao, Comega a luta do galo, Sendo enorme a multidao. Fazem-se grandes apostas E sempre de cada vez, Lutam dois galos ja mestres Com facas presas aos pes. Os dois bichos assanhados, Penas hirtas, rubra crista, Lutam, ficando o vencido Morto, de tripas a vista. E o dono do "vencedor", Alegre como ninguem, Ganha, alem do galo morto, A aposta que fez tambem. Nao falta tambem por fora, Ali, muito apostador, Sempre disposto a apostar Iuiportancias de valor. Uma coisa divertida Para muitos, nao p'ra mim, Porque nao gostei de ver Uma brincadeira assim. Meteu-me bastante pena Ver tantos galos, coitados, Ali, de barriga aberta, E todos ensanguentados.
RkJQdWJsaXNoZXIy MTQ1NDU2Ng==