E bem a podem olhar Sem inveja e sem rancor, Porque ela a todos nos cobre Com o seu leal amor. Portugueses e chineses E outros mais, sem distingao, Como familia, aqui vivem Na melhor compreensao. E tanto assim, que hoje existe Neste pequeno torrao, Tanta gente que nao ha De vago, uma habitagao. Os hoteis estao a cunha, Nem durante a Grande Guerra Eu via como hoje vejo Tanto povo nesta terra. Mas todos, ou mal ou bem, Ca vivem na pequenez Desta bonita parcela Do Imperio Portugues. Terra que tem por divisa gem amar, bem receber, E por virtude crista : CARIDADE — BEM-FAZER. Cidade nobre e leal Sempre bela e acolhedora, Que encontrar, vim nesta altura, Muito mais encantadora! Correndo-a de ponta a ponta, Quis nos meus versos singelos, Mencionar, como ja viram, Os seus lugares mais belos. Disse tudo e nada disse Desta terra tao bonita, Berco querido e amado Do bravo e heroico Mesquita. Grande Mesquita e Amaral, Figuras imorredoiras, Que dais na historia o exemplo As lusas gentes vindoiras. Dois grandes vultos de genio, De coragem, honra e gloria, Que desta bela Macau Eternizaram a historia. Firmaram, deram prestigio A este nobre torrao; Um, como filho dilecto, Outro, como luso irmao. E hoje Macau orgulhosa E grata, ostenta afinal, Os dois belos monumentos De Mesquita e de Amaral. Dois monumentos formosos Erigidos nesta terra, Que a par dos outros nos mostra Os encantos que ela encerra. Encantos, por mim ja vistos Antes daqui abalar, Mas que nas minhas saudades Melhor OS vejo ao voltar. Acho em tudo mais beleza, Mais encanto, mais magia, E ate mais vigo e perfume Nos verdes montes da Guia.
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