Rico pavilhoes bastantes Se estendem p'la mata fora; Tocam OS altos falantes E ha risos a toda a hora. Uma capelinha ao meio De canteiros rodeada. E um parque onde, sem receio, Folga alegre a meninada. Ha so essencia e frescura Na Mata da Caparica, A par com a aragem pura Do mar que pertinho fica. De manha que lindo e ver, Por entre OS frescos caminhos, Gente p'ra a praia a correr, Assustando OS passarinhos. Tudo e encanto e magia ! Vive-se ali tao a gosto, Que so existe alegria Estampada em todo o rosto. Ate de parte a etiqueta Poe toda a gente da elite; Quando badala a sineta, Porque nao falta o apatite. As mesas do refeitorio Que a linda FNAT tem, Em alegre falatorio, Come-se e bebe-se bem. Ali nao se olha a miserias: A comida e a vontade. Quem e magro, ao fim das ferias, Sai com barriga de abade. Ate mesmo OS meus miudos, Que sao todo 0 meu encanto, Se tornaram rechonchudos E eu ca nunca engordei tanto. A minha propria mulher, Que a comer era uma loba, Quase que chegou a ter De peso, a mais, uma arroba! Porem, um tal parai'sc, Com tanta frescura amena, So porque assim foi preciso, Durou pouco, o que foi pena. FNAT, um ceu no Verao; Mas quando chega o Inverno, A chuva, o vento, 0 trovao, Quase que a tornam inferno. Quem nos fez levantar ferro, Foi o rei dos temporais", Que faz daste eden, desterro Dalguns guardas florestais. E foi isto, na verdade, 0 que nos fez, pois, deixar, Com muita pena e saudade, Esse tao lindo lugar. E eis-me, de novo, em Lisboa, Com OS meus atras de mim, A viver um pouco a toa; Mas com sorte, mesmo assim. Valeu-me, gragas a Deus, Algum dinheiro que tinha, Para dormir mais OS meus, Numa pensao baratinha,
RkJQdWJsaXNoZXIy MTQ1NDU2Ng==