Ida, que feita por mim, A ti vai mostrar agora 0 encantos mil, sem fim, Que ha por esse mundo fora. E aqui tens tu, afinal, P'ra que fagas teu monologo, Minha villa em Portugal Contada a laia de prologo. Mas toma atengao primeiro: Se gostas de viajar, Com muito pouco dinheiro, Vais tambem (lesembarcar. Nao te arrependas, leitor, Desenibarca dinheirinho; Compra-me la por favor Estepequeno livrinho. Mais nao tendo a acressentar, Num passeio nada mail, Vais-me agora acompanhar Na minha volta a Macau. Alem da minha viagem, Narra-te as grandes belezas, Vistas por mim de passagem, Nas provmcias portuguesas. Portanto, ao seguir o barco, Meu leitor, nao sejas mau; Desembarca C;ue eu embarco A rir DE VOLTA A MACAU. A LARGADA DE LISBOA Minha segunda viagem P'ra Macau vou descrever. Dela nao me faltarao Coisas mil para dizer. Em singelas quadras soltas, Vou, amigos, comegar A narrar tudo o que vi, Sem a verdade faltar. Pois a "Vinte e Tres de Margo" Do ano "Cinquenta e Um", Disse adeus aos meus parentes Sem me esquecer de nenhum. Despedi-me dos amigos Mais "e toda a boa gente, Seguindo, no mesmo dia, Para o Cais, muito contente. Chegado ao cais de Alcantara Ja chorava a multidao, E a chorar me despedi Do meu tao amado irmao. Ali, mais dalguns amigos Tambem eu me despedi, E com minha esposa e filhos Pelo portalo subi.
RkJQdWJsaXNoZXIy MTQ1NDU2Ng==