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Dentro ja do "Mozambique" Debrugado na amurada, Aceno, dizendo adeus, Com a alma amargurada. Apita o barco tres vezes, Tudo e lengos a acenar, Gritos, oeuas comoventes, Olhos muitos a chorar. Mas, a tudo indiferente, Num constante rumorejo, o barco largou do cais Sulcando as aguas do Tejo. E ate a barra chegar Todo o bom do passageiro, Punha OS olhos em Lisboa Como o adeus derradeiro. Mas, logo ao passar a barra, Houve um alegre alvorogo, Qi'ando as sinitas do barco Tocaram para 0 almogo. Ao terminar o repasto, Lisboa ja nao se via, Comegando por soprar Uma forte ventania. Com OS balangos do barco, Uns deitavam carga ao mar, Outros, de nojo, perdiam A vontade ao bom jantar. E, assim, a nossa viagem, Naqueles dias primeiros, Correu triste e aborrecida Para muitos passageiros. Por fim veio a calmaria, E com ela, juntamente, A boa disposicao, Que encorajou toda a gente. Ja todos corriam lestos Para as refeigoes do dia, Comegando por haver Festas, risos e alegria. Soavam OS instrumentos Com cantigas ao despique. Muitas delas dedicadas Ao bom barco ' Macambique". Barco que entao navegava De proa feita ao Funchal, Com uma hora de atraso Das boras de Portugal. A ILHA DA MADEIRA Depois de ter ja passado Esta Ilha da Madeira, Porto Santo, Ilhas Desertas, Majestosa e sempre bela, Veio a Ilha da Madeira, Foi ja outrora cantada A joia das descobertas. Na minha musa singela...

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