Uns, arrastando as cadeiras, Foram para OS corredores; Outros, para onde havia Portas e ventiladores. Mas tudo passou depressa; Foi chuva de trovoada; E aqui temos nos agora A noite toda estrelada. Sobre o conves ja enxuto, Vejo grupos conversando, E alguns, deitados a fresca, Tambem ja vao ressonando. Nao tardo a fazer o mesmo, Nem estou com mais demoras; Largo a escrita e vou dormir Porque tambem ja sao boras. A noite agora tao bela Da-nos uma fresca aragem, Que ate regala e consola E torna linda a viagem. Mas antes que eu adormefa, Nao quero ser malcriado, Boas noites, meu leitor, Que o dia esta terminado. TRABALHO Domingo, ja dia Um, Nao houve baldeafao, Dormi bem ate a bora Da primeira refeigao. 0 mesmo fez toda a gente, Por ser a primeira vez Que ninguem teve a ma sorte De ir corrido do conves. Bem haja a chuva da vespera Com seus asseios ligeiros, Que deu folga aos tripulantes E sossego aos passageiros. Mais nenhuma novidade Tenho para vos contar; E para ganhar o dia Vou sapatos engraxar. E BOM HUMOR Menos pomada e anilina, Que isso nao da resultado; Mexe a escova e ringe o pano, Que este ja esta engraxado. Quando a freguesia e muita, Nao me importo c'o a traseira; 0 que quero e que o fregues Veja o lustre na biqueira. Sao oito horas da noite, Acabei ja de jantar; Trabalhei durante o dia Para agora descansar. Ao mexer nas algibeiras, Ate me sinto contente, Quando oijo aqui moedaa A tinirem lindamente.
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