Mas vamos desembarcar, Ver toda a cidade linda, Que no seu seio encerra Coisas mais belas ainda. Como o centro da cidade Fica distante do mar, Iremos de « machibombo», Ja que 0 sol e de rachar. Finalmente, aqui chegados, Que diferenfa nao faz, Agora, a bela cidade De ha cinco anos atras. Esplendidos edificios, Muitas grandes avenidas, Largos, pragas e jardins, Lindas ruas, concorridas. A cidade de Luanda, Na grandeza que avoluma, F uma cidade moderna E rica como nenhuma. Progressos, melhoramentos, De que se orgulha o seu povo, Dando sempre muitas gragas A obra do Estado Novo. Nos dias que se passaram Antes do barco abalar, A toda a liora saia, Com OS meus, a passear. E, como me acompanhasse A sorte que eu tanto estimo, Tive eu a grande alegria De encontrar aqui um primo. A mim e mais a familia Convidou-nos nesse instante; Cervejas, bolos, refrescos, Mandou vir num restaurante. Quando voltamos a bordo, Fomos ver o que continha Um pacote que, aos meus filhos, Meu primo ofertado tinha. Uma caixa com bombons E, num envelope, a inargem, Cem angolares de oferta Para ajuda da viagem. Logo no dia seguinte, A bordo buscar-nos veio; E com ele, de automovel, Demos um lindo passeio. Dois dias que aqui passamos De vida bem regalada ; Comer, beber, passear, Sem gastarmos mesmo nada. Tambem alguns passageiros, Companheiros de viagem, Que ficavam em Luanda Diziam-nos de passagem: —Nos chegamos ao destino, Voces inda vao seguir; Vamos beber qualquer coisa P' ra gente se despedir. E como nisso insistissem, La ia a gente aceitando, Uns aos outros, ternamente, Boa sorte desejando.
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