E quando, entao, revoltado, Tenta agradir o seu chefe, Um policia, que ali estava, Pregn-lhe um grande tahefe». Sempre encostado a, amurada Fitava as aguas do mar, La no ponto onde deixara 0 coracao a chorar. Como ainda protestasse, Fazendo muito banze, Desceu logo o portalo A chapada e pontape. Se de Luanda a Lobito F uma distancia pequena, Grandes sao sempre as saudades P'ra quem leva e deixa pena. E, ja la fora, no cais, Muniu-se dum facalhao, Acfao que o fez ir parar Com OS ossos na prisao. Nada a mim mais me comove E me entristece na vida, Que o adeus frio da morte E o adeus da despedida. Assim terminou a festa Ao som do ultimo apito, E larga o barco do cais Com rumo agora a Lobito. Em Luanda, muita gente Embarcou para Lobito; Nao tira OS olhos do cais Um pobre pai, coitadito. Corresponde ele, a chorar, Com o seu lenfo na mao, Aos acenos que lhe fazem Dois miudos que alem estao. Sao dois adeus que ficam Sempre na nossa lembranf.a: Um adeus, saudade eterna, Outro adeus, saudade e esp'ranja. Mas nao chorein por favor; Eu agora quase que ia A voar para a tristeza Nas asas da nostalgia. As vezes. por coisas tristes, Torno-me serio um momento, Mas depois, p'ra nao chorar, Mando a Java o sentimento. Sao dois filhos que, com pena Do paizinho se ir embora, Dizem-lhe adeus, la de longe, Correndo pelo cais fora. Portanto, sem que me deixe Dominar pela tristeza, Vou-vos agora mostrar Outra terra portuguesa. Tudo desapareceu Causando-me muito do, Esse pobre pai, chorando, Como se estivesse so. Mas tambem, como nao quero Tornar-me tao ma9ador, Fecho aqui este capftulo Para que folgue o leitor.
RkJQdWJsaXNoZXIy MTQ1NDU2Ng==