LOBITO E OS SEUS ENCANTOS Da cidade de Luanda A Lobito—Porto chique— So uma noite levou, 0 bom barco "Mozambique". Muito ricos pavilhoes, Ediffcios colossais, Caminhos arborizados E outras ruas marginais. E aqui temos nos a vista Um lugar ameno e fresco, Verdejante, encantador, Grandioso e pitoresco ! E la mais adiante, a praia, A cidade um pouco alheia, Com suas pobres senzalas Construidas sobre a areia. Que riquezas ! Que paisagens !... Que quadro tao divinal !... Que encantos estes, chamados, Grandezas de Portugal ! Como o tempo e muito pouco Para tudo apreciar, Vou-me andando para bordo Antes do barco apitar. Na sua magnificencia, De cidade hoje da [nostras Lobito, a bela baia, A "Catumbela das Ostras". Vi ja bonitos pretinhos A tomar banho na praia, E as pretas de pano as costas A fazer de blusa e saia. Um raro porto, afinal, Com o seu extenso cais, E, a seguir, logo a Estacao Com seus "l'ailes" marginais ! Nestes meus curtos passeios, Tudo achei muit I bonito, Durante estas oito horas Que ficamos em Lobito. A larga e bela avenida, Mesmo a entrada do porto, Ladeada de lindos predios, E toda um florido horto. Tendo o barco aqui chegado As dez horas da manha, Abalou as seis da tarde Sempre em frente qua! tita. MOCAMEDES E, com destino a Mocamedes, Mais uma noite se passa, Vendo, quando ali cheguei, A mais excentrica rafa. Quando o barco fundeou, Chegou logo um batelao, Com alguns negros de terra Mais escuros que o carvao.
RkJQdWJsaXNoZXIy MTQ1NDU2Ng==