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Todos eles da estiva, Mas vinham bem ajeitados Com uns saiotes floridos E turbantes encarnados. Mal entraram para o barco, Achei-os mais elegantes. Ao ficarein so em tanga E ao tirarem OS turbantes. Embora todos carecas, Esses comicos fulanos Usavam um carrapito Como OS antigos Moicanos. Dois deles, muito mais lindos, Tinham mais grafa que todos; Um mais diferente nas mod as, Outro mais giro nos modos. Um por ter dois carrapitos Com muitos lajos e, ainda, Desde o cocuruto a testa, Uma crista muito linda. Sua cabega parecia-me, Com tais bandos a tricana, Um emplumado chapeu Da Guarda Republicana. Quanto ao outro, meus amigos, Saltava como um cabrito E, igual ao rabo dum burro, Tinha um grande carrapito. Tirando a sua cor negra, Parecia-me tal qual Aquele gigante magico Que ha num conto oriental. Mais parecido e verdadeiro Que o bom do comediante, Que. no "Ladrao de Bagdad", Fez o papel de gigante. Veio a hora do almogo, Vendo-os mellior desta vez Sentados todos a roda, Reunidos no conves. Ei-los ali muito alegres A volta dum pratalhaz, Comendo arroz as mancheias Com apetite voraz Para eles nao ha talheres, Comem mesmo com as rnaos, Nas quais lambem com a lingua Os mais pequeninos graos. F uma coisa que da grafa A sua feia negrura, E a sua boca encarnada, Mais a branca dentadura. Mas, deixando-os a vontade, Vamos nos ver como e bela A baia de Mofamedes, De mais lindo o que tem ela. Como temos pouco tempo E OS transportes ficam caros, Eis aqui mesmo de longe Os seus encantos tao raros!... Uma ermida la no alto, Edificada com arte, Casinhas a beira-mar, Verduras por toda a parte !

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