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0 que nada quer dizer, Porque ha gunte que bem nada Que nada se da por ela Ao cimo de agua salgada. Ha quem nade como o peixe, Que se some como o cisco. E liu quem node como prego, que se livra desse risco. Tanto assim que, certa vez, Ao fundear um vapor, Cain um bebe a agua E atras dele um nailador; A crianca, coitadinha, Que nao sabia nadar, Ficou sempre sobre a agua, Entre as fraldas a boiar. Mas o nadador, coitado, Esse nunca mais se viu; E era um nadador de fama, Tripulante do navio. Quem salvou a criancinha, Sem talvez nunca esperar, Foi entio um passageiro Que nao sabia nadar. E era tanta a confusao, Que so o viram no ar, Calfado, vestido e tudo, Indo assim cair no mar. Calhou nessa mesma altura Atirarem para o mar Duas boias de borracha E ele a uma se agarrar. Quando se agarrou a boia. Agarro'l-se a criancinha, E ambos assim se salvaram Ifados numa barquinha. Mas ao chegarem ca cima, A crianca b e m ficou, Mas oseubomsalvador B e m d e p r e s s a d e s m a i o u . Por ter bebido agua a mais Foi logo p'ra a enfermaria, E, finalmente, ja bom, Dizem ao heroi do dia: —0 senhor e um valente; Pelo seu feito arrojado, Tera uma festa a bordo E sera condecorado. Com utn sorriso escarninho 0 grande heroi respondeu: —Digam-me so uma coisa, Que o resto dispenso eu -. —Eu so desejo e saber, (Porque esta 0 minha magua) Qual foi 0 grande malandro Que me atirou para a agua?!... Todos ficaram pasmados Com esta sua safda, Que passju a ser historia Ja de muitos conhecida. Mas ela serve de exemplo, Para que assim possam ver Que, as vezes, mais vale a sorte De que vale o bem saber.

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