Mas tambem digo uma eoisa: Nao vao pelo meu conselko, Senao serao como eu, Que fui sempre um burro velho. Talvez que elas desta vez Nao fujam muito a verdade, Porque sao sempre as primeiras P' ra quem vai a novidade. Aprendam tudo o que e bom, Principalmente a nadar, Como muitos que aqui vao, Mas nao se dao com o mar. E agora que ja sao horas, Vamos ao almofozinho; E depois, logo em seguida, Descansar um bocadinho. Quase sempre sao senhoras Fraquinhas e timoratas, Que durante toda a noite Foram mesmo umas cascatas: Vai-se a tarde, morre o dia, Desce a noite, calma e linda, Mas o mar e que se mostra Um pouco agitado ainda. Camas todas vomitadas, Mat^rias por todo o chao, E OS criados em limpeza, Sempre de balde na mao. Sao dez horas da manha, Vai o tempo melhorando; Porem, ainda ha quem oifa Os criados resmungando. Tao ronceiramente o barco Nesta ocasiao balanga, Que me julgo ver num berfo Embalado qual crianja. Recostados nas cadeiras, Ainda a fazerem horas, Ja meio adormecidos, Vao homens e vao senhoras. Menos as boas senhoras, Que ja vao la na coberta, Muito pintadas e frescas A rirem de boca aberta. Falam sobre "Capetown", Tendo ja a certezinha De que so la chegaremos No dia oito a tardinha. Tudo agora e tao monotono, Que mais nada posso ouvir, Senao o ruido das maquinas E do mar sempre a rugir. So nos traz sono e moleza Uma tal monotonia; Vou, portanto, para a cama Esperar o novo dia. Minha mulher ja ressona, Os meus bons filhos tambem; Para OS nao importunar Passem todos muito bem.
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