E logo este bom sujeito, Muito amavel e gentil, Disse-nos que ia mandado Da Administragao Civil. Dando entao as suas ordens, Saiu a nossa bagagem, Tendo antes ja tratado Tambem da nossa hospedagem. Alguns negros, que trouxera, Pos logo ao nosso servigo, E tudo assim correu bem Sem nos ralarmos por isso. Os negros cantarolando, Como se fosse uma pandega, Levaram a nossa bagagem, Depois de vista na alfandega. Por fim, todos de automovel, Dali nos fomos embora Ao lado do nosso "guia" Por bonitas ruas fora. E so aqui nos paramos, A porta desta pensao, Aonde agora me enoontro Fazendo esta narragao. E encontro-me mesmo a porta, Porque a porta da pensao Tem uma bonita arcada Que embeleza o res-do-chao. F uma pensao com o seu Res-do-chao, primeiro andar, E um terrago la por cima, Onde ha roupas a secar. Os seus quartos, muito airosos, Ficam no primeiro andar: No res-do-chao, as cozinhas, Bar e sala de jantar. Portanto, onde a gente esta Melhor, e no res-do-chao, Aqui nesta rica arcada, Onde ha fresca solidao. Nao faltam aqui cadeiras Para a gente se sentar, E muitas mesas redondas Que fazem parte do bar. Sobre elas, joga-se as cartas E, quem tem massa bastante, Bebe a sua cervejinha, Ou qualquer outro calmante. 0 bar esta sempre as ordens E tem tudo o que e preciso: Bons refrescos e bebidas De transtornar o juizo. Tem ameijoas e tremogos, Bifes assados na grelha, Pratinhos de camaroes, Petiscos de trds da orelha. Se ha dinheiro, ainda bem, Mas se nao ha, paciencia, Fazem-se cruzes na boca Que e a nossa penitencia. Assim sou eu, que nao tendo P'ra gastar, muito dinheiro, Tenho que me contentar As vezes so com o cheiro.
RkJQdWJsaXNoZXIy MTQ1NDU2Ng==