NUM PASSEIO AO CAIS Dia treze, belo dia ! De admira-lo, nao me farto, Ao abrir de par-em-par As janelas do meu quarto. Como e bom levantar cedo, Deixar "o vale dos lenjois" E vir aqui contemplar Este ceu todo arrebois. 0 sol surgindo no espago Assim nos vem despertar, E mostrar-nos a cidade Cheia de encantos sem par. Passam carros buzinando, Chegam as vozes das gentes E, ao sopro da fresca brisa, Cantam as aves contentes. Quando OS meus olhos percorrem De les-a-les a cidade, Eu sinto-me extasiado Ao ver tanta majestade. Dum bonito colorido, Casas e predios bastantes, E as avenidas ornadas De mimosas verdejantes. Tudo muito encantador, E bem digno, certainente, De ser visto mais de perto, Como o farei brevemente. Agora, nao, que sao horas De me preparar, enfim, Para ir ao "mata-bicho" Que ja espera por mim. Acabado o "mata-bicho", E caso para dizer Que me soube muito bem, Sem mal ao bicho fazer. Agradava-me um passeio, Mas ficara p'ra amanha, Porque hoje, ja estou a ver, Vou andar em grande afa. Mesmo agora nos disseram Para irmos, todos juntos, A Administragao Civil, Para tratar duns assuntos. Nao sabemos o caminho, Mas a pe e sempre a andar, Vamos la por estas ruas, Que alguem nos ha-de informar. Quem tem boca vai a Roma, Sempre assim ouvi dizer, Portanto, eis-nos chegados, Sem muito andar, nem correr. Na Administragao Civil Logo vimos, ao chegar, Aquele mesmo senhor Que a bordo nos foi buscar. Ali nos apresentou Ao seu Adininistrador, o qual, um recebimento Nos fez muito acolhedor. Delicadamente a todos Estendeu-nos ele a mao, Depois perguntou se estavamos Satisfeitos na pensao.
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