991006034349706306

Finalmente, um bora lugar, Fresco, ameno e sedutor, Oxide se ve o Palacio Do senhor Governador. A porta, uma sentinela, Aprumada e de espingarda: Defronte, nobre vivenda. E ao lado, a "casa da guarda". Ali, nos nos ditigimos A um "sargento cadete", Que entao nos apresentou Ao Chefe do Gabinete. Mesmo a porta do Palacio, 0 "Chefe" nos atendeu, E eu, vendo OS mais acanhados, So quern lhe falou fui eu. Com a minha lata toda, Disse-lhe assira —Meu senhor, Queira-nos apresentar Ao senhor Governador ! —Digam la o que desejam ! Nao vos pode ele atender, Porque nesta ocasiao Tem bastante que fazer. —Muito bem, pois seja assim; Saiba, meu caro senhor, Que uns aqui vao p'ra Macau E outros vao para Timor!... —Aqueles, como colonos, Nos outros, repatriados. Chegados ha pouco, estamos Numa pensao hospedados !... —Todos estamos por conta Da Administrayao Civil, Da-nos ela cama e mesa, Mas nao temos um "ceitil"! —E como, segundo consta, Nos devemos demorar, Precisavamos, senhor, Dumas croas p'ra gastar! —Aqui viemos, portanto, Rogar a Sua Excelencia, 0 senhor Governador, Para que de providencia ! Porem, a sua resposta, Foi que nao podia ser. Se tmhamos cama e mesa, Que mais quenamos ter? —Nem so de pao vive o homem ! 0 senhor, deve sabe-lo; Temos as nossas despesas, Tabaco, barba e cabelo!... —E, depois, quem tem criangas, Mais gastos ailida tem, Coisas estas, meu senhor, Que toda a gente ve bem ! Ao ver a minha franqueza, Respondeu-nos ele entao: —Vou tratar do vosso caso, Depois digo p'ra pensao. Agradecemos-lhe muito, Cheios de esperanga e fe; Depois, pela estrada fora, Fomos indo sempre a pe.

RkJQdWJsaXNoZXIy MTQ1NDU2Ng==