991006034349706306

Anda tudo numa dan§a Com tamanhos comiloes, Ate mesmo o cozinheiro, Louco, a roda dos fog5es. Os criados vao e vem, Com as travessas na mao; Nunca vi na minha vida, Tamanha devastacao. Nao ha razao para queixas; Sempre comida a fartura, E para regar as tripas, Copos cheios de agua pura. Vinho aqui e contrabando, Mas havendo dinheirinho, Mandamo-lo vir do bar Que nos fica aqui pertinho. E ainda bem, meus senhores, Que vou tendo o meu tostao, Para uns beijos eu ir dando Na boca dum garrafao. Ja que o ganhei em bom tempo, Venha vinho mesmo as pipas, Pois agua, mesmo a mais pura, Faz criar ras ca nas tripas. De bem comer e beber, Ja, por fim, farto me sinto, Que ate me vejo obrigado A alargar um furo ao cinto. Estou mesmo "atafulhado", Pois quem me dera apanhar Um almogo sempre assim, Dum homem arrebentar. Peixe frito com salada, Bom "cozido a portuguesa", Sopa de carne com massa, Cafe, fruta, a sobremesa. Assim foi o nosso almogo, E por me ver ja tao cheio, Vou fazer a digestao Dando mais um bom passeio. Ate a baixa cidade Vou dar a minha voltinha, Mas p'ra nao queimar a pele Andarei pela sombrinha. E aqui vou por estas ruas Bastante movimentadas, Olhando as grandes riquezas Que ha por elas espalhadas. Muitas lojas, fartas montras, Predios com muitas janelas, Colegios, cafes, hoteis, E mais tantas coisas belas. Por fim, a baixa cidade, Com muitas luzes e bares, Bons teatros e cinemas, Restaurantes e bazares. Muitos altos edificioe Com seus ricos ascensores, Pragas bem arborizadas, Recintos encantadores, E ainda o belo mercado, De tudo ali fornecido, E desde manha a noite, Sempre muito concorrido.

RkJQdWJsaXNoZXIy MTQ1NDU2Ng==