Bom largo que tem ao centro, Para gloria desta terra, Um monumento erigido Aos mortos da Grande Guerra. E a seguir, o lindo porto; Muitos barcos fora e dentro, Linbas, vagoes e guindastes, Grandes armazens ao centro. Muitas cargas e descargas E, tambem, neste momento, Vagonetas, caminhoes, Tudo em grande movimento. Pretos, brancos, trabalhando, Guardas e fiscais, alerta, E, tambem, muita gentinha, Tudo a ver de boca aberta. E eu para ca nao ficar Tambem feito paspalhao, Vou-me andando que sao horas Ate a minha pensao. Nao quero faltar ao cha, Porque digo e sem rodeios, Primeiro, a minha barriga, Depois entao, tais passeios. Pois ja basta, meus leitores, 0 que vos tenho mostrado. Ja passearam bastante, Ja gozaram o seu bocado. Mas se eu puder, amanha, Uma volta inda mais linda, Vamos dar para que vejam o que nao viram ainda. Por hoje, vamos ao cha, E ate que chegue o jantar, Joga-se um pouco a sueca E por fim, loca a deitar E aqui dou as boas noites, Porque o dia ja esta findo, E todos muito cansados Dum passeio assim tao lindo. NUM DIA DE CHUVA Dommgo, quinze de Abril, Tao tarde me pus a pe, Que tomei meu banho a pressa P'ra nao faltar ao cafe. E nao e para estranhar, Porque o tempo esta de chuva; Do ceu caem grossos pingos Que parecem bagos de uva. Tempo mau, que nao nos deixft Ir dar o nosso passeio, Mas para passar as horas, Buscamos outro recreio. Eis-me na "sala de fumo", Junto a sala de jantar, Que, por mal dos nossos bolsos, Comunica com o bar.
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