Uma infernal barulheira Que nos vem incomodar, Rompendo o grande silencio Desta noite de luar. La, nem olham a cacimba Que por entre uma janela, Vejo orvalhando o asfalto Da avenida alem tao bela. Enquanto sobre o molhado, A lua, a espelhar se curva, Curvo-me eu tambem com sono E a vista faz-se-me turva. Portanto, amigo leitor, Sem mais nada acrescentar, Fico-me hoje por aqui E adeus, que me vou deitar, UM DIA QUE PASSA Ontem, dia dezanove, Por nada ter que contar, Deixei a pena em descanso, Para tambem descansar. E hoje entao, domingo, "Vinte", Para nao fazer o mesmo, Eis-me disposto a tecer Algumas quadras a esmo. Porem, nao julgues leitor, Que serei menos sincero, Direi somente a verdade, Porque mentir-te, nao quero. Ontem, portanto, nao houve Passeios, festas, nem galas, Foi um dia de trabalho A arrumar as minhas malas. E hoje, entao, por ser domingo, Dia de folga e oragao, Fui mais OS meus a missinha Com fe santa e devojao. E dali, por ja fazer Parte do nosso programa, Passear fomos um pouco Ao jardim "Vasco da Gama". Veio a hora do almofo, Comi ate me fartar, Depois, dormi uma sesta De papinho para o ar. Acordei e, como entao Nao me apeteceu lanchar, Joguei um pouco a sueca Ate horas do jantar. Por fim, jantei e sal, Passiei um bocadinho Com OS meus, fui visitar Um chines, nosso amiguinho. Satisfeito como sempre, De la vim eu mesmo agora, Cheio de beber cerveja E de tremofos por fora.
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