991006034349706306

Escrevendo o meu diario Muito perto aqui do bar, Eis-me sentado a uma mesa A ver ja muitos a andar. Vejo ricos com dinheiro A volta dumas bandejas, Trincando belos tremogos, Bebendo frescas cervejas. Fazem eles muito bem, Todos tem direito a vida; Feitas as compras precisas, Festeja-se a despedida. "Duzentos e trinta escudos" Recebi mais a mulher, Mas daqui nao gastei eu Nem um centavo sequer. Ainda dei mais algum, Para assim poder comprar Dolares americanos, Cigarros para levar. Os dolares que eu comprei, A guardar dei a mulher, Mas tenho ainda uns escudos Para beber se eu quiser. Ganhei-os eu cm bom tempo, Para nesta ocasiao, Poder gastar e guardar Uns dolar's de prevengao. Por isso, caro leitor, Fico-me hoje por aqui, Para cervejas agora Ir tambem beber ali. Nao te convido, leitor, Porque estas longe de mim, La em Macau onde um dia Espero ver-te, por fim. Para nao te magar mais, Nada mais tambem te conto, Por hoje, adeus, boa tarde, Termino aqui neste ponto. O ULTIMO DIA EM TERRA Ontem, "terga", Vinte e Dois, Nada, enfim, de grande monta; E hoje, "quarta", Vinte e Tres, Dalguns factos vou dar conta. De manha, fomos nos todos (Ordem da Administracao) Ao cais, ainda por causa Da bagagem do porao. Bagagem que ali estava Ainda por carregar, Pela mui simples razao Dos rotulos lhe faltar. Busca-los a "Companhia" E cola-los, foi um instante; A bagagem entrou no barco E nos num bom restaurante.

RkJQdWJsaXNoZXIy MTQ1NDU2Ng==