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E, contudo, aqui confesso, Embora jantasse mal, Bebi que nem uma loba; 0 vinho 6 o meu ideal Nao quero dizer com isto Que sou algum borrachao, Apenas gosto da pinga P'ra alegrar o coragao. Se em tempos bebia muito, Hoje bebo com modestia, Porque bem sabemos nos Que o que 6 demais e molestia. Portanto, nao ha razao P'ra que me chamem " borracho "1 E demais, nestas alturas, Que aborrecido me acho. Ao menos, bebendo eu, Nem tanto penso sequer, Que vou num triste porao Longe da minha mulher. Alem disso, julgo mais, Que bebendo eu uma pinga, Nao sinto como alguns sentem 0 mau cheiro da catinga. Contudo, estou para ver, Leitor do meu coragao, Como vou passar a noite Naquele horri'vel porao. Para la me encaminhando, Vou pela primeira vez Exp'rimentar essa furna, Que tem por teoto o conves. o filho que vai comigo, Ja ali se encontra deitado, A dormir a sono solto, Noutra cama mesmo ao lado. o seu rosto adormecido Beijando com muito amor, Dou tambem as boas-noites" Ao meu amado leitor. COMO NOS DAMOS A BORDO Hoje, dia "Vinte e Cinco", Apesar de dormir mal, Levantei-me bem disposto, 0 que e sempre bom sinal. Depois de lavar o rosto, Contemplei o calmo e lindo Mar, sob a tao limpida abobada, La brilhando o sol sorrindo. E eu no meu terno "bom-dia", Ali, de pe, na coberta, Saudo a vasta amplidao De agua prateada e deserta. Por fim, voltando OS meus olhos, Chamou-me a minha atengao, Para OS soldados em forma, Com as marmitas na mao.

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