E alem de negTO, tao fundo, Com passagem pelo nosso, Para o qual olho de cima, Mas nem palmo enxergar posso. De escuro e quente que e, Parece a boca do inferno, De a todos deixar assados Ate mesmo no inverno. Por isso, nem mesmo estranho, Que durmam bem ao relento, Os pretos, gente do mato, Amiga so de ar e vento. Embora afeita ao calor, Dorme aqui melhor, talvez, Ao frio e com OS costados Sobre as chapas do conves. E gragas, OS pretos terem As costas assim tao duras, Ao menos nao morrem fritos, Nem dormem tanto as escuras. Quando o frio e a chuva aperta, Um ou outro e que la vem Dormir junto as nossas camas, Onde passa a niite bem. Afora isto, preferem A luz franca, viva e nua, Do lindo ceu estrelado, Onde brilha a branca lua. Ate eu, se preto fosse, Como eles ficaria Ali como se estivesse Em boa cama macia. Talvez que ali a olhar Para as tao lindas estrelas, Narrasse este meu Diario Com quadras muito mais belas. Mas antes a minha cama Que poupo as minhas costelas, Encostado as almofadas Rimando rim as singelas. Assim me acho ell agora Na minha cama deitado, Ja alta noite esc re vendo Meus versos de pe-quebrado. E sempre continuando, Aqui vos digo eu assim, As novidades do dia, Muitas com respeito a mim. Ja viram perfeitamente Como e o barco "Rovuma", Um barco bem pobrezinho, Sem comodidade alguma. Em baixo. sobre o conves, A gente mal pode estar, Somente ali junto a proa E que inda pode escapar. E o lugar melhorzinho Para as nossas distragoes, Porem, digo, tao pequeno, Que andamos aos encontroes. Para ali nao vao os pretos, Mas mesmo desta maneira, Por vezes nao ha espaco Para por uma cadeira.
RkJQdWJsaXNoZXIy MTQ1NDU2Ng==