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Mais a mais, quem me conhece, Ja ali me apresentou E quem nao me conhecia, Sabe agora quem eu sou. Um poeta d'agita doce Amigo de versejar, Que leva OS dias, coitado, A fazer versos no ar. E nestes seus versos coxos, 0 seu diario escrevendo, Aqui vai com muito afinco Sempre a verdade dizendo. E como nunca mentiu, Fique o leitor a saber, Que tudo quanto aqui disse Era o que tinha a dizer. Amanha serei mais longo, Caso, Deus assim o queira, Visto amanha ser o dia Em que chegamos a Beira. Portanto, sem mai3 palavra, Por hoje tudo abandono, Dando as minhas " boas-noites ", Que estou a call- com sono. A CIDADE DA BEIRA Hoje, Vinte e Seis de Maio, Mal rompeu a luz primeira Da tao formosa manha, Quando chegamos a Beira. E como Lourengo Marques, Eu vou da mesma maneira, Mostrar aos meus bons leitores As belezas desta Beira. Uma terra encantadora, Ja por mim vista afinal, Quando entao do meu regresso De Macau a Portugal. Uma formosa cidade, Com o seu vistoso porto, E, a beira-mar, verduras, Que igualam fiorido horto. Nessa altura, como agora, Vi Beira e Lourengo Marques, Ja com seus predios modernos, Chales, ruas, jardins, parques. Depois do seu lindo cais, Predios duma grande altura, E um ou outro palacete Escondido entre verdura. Mas hoje entao nao se fala ! Tudo esta tao aumentado, Que eu quedo, fico-me a olhar P'ra tudo maravilhado ! Grandes ruas e avenidas Que parecem nao ter fim; A cada canto um canteiro, Em cada largo um jardim.

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