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ANUAMO DE MACAU 9 hospitals, colegios, conventos e igrejas. Destas, justo e salientar a famosa Igreja de S. Paulo, admiravel fabrica de arquitectura, cuja imponente fachada, desafiando a furia dos elementos, e um monumento perene da accao missionaria portiiguesa, pois daqui irradiou para todo o Bxtremo Oriente a doutrina do Evangelho. 0 patriotismo e lealdade ao Rei de Portugal, dos filhos de Macau, valeram a esta nobre cidade o honroso titulo de Cidade do Nome de Deus, Nao ha outra mats leal. De facto, durante o dominio castelhano, de 1581 a 1640, nunca em Macau foi hasteada outra bandeira que nao fosse a das Quinas. Nao so se conservaram fieis a soberania portuguesa, como defenderam, heroicamente, este cantinho de Portugal, repelindo os sucessivos ataques de povos estrangeiros, sobretudo de holandeses. Em 1603 dois vasos de guerra holandeses bombardearam a cidade, e, em 1604 e 1607, outras expedicoes voltaram, comandadas, respectivamente, pelos almirantes Van Waerivijk e Matelif . Alem de atacarem Macau, fomentavam, junto da corte japonesa, mesquinhas intrigas que muito vieram a prejudicar o comercio portugues com aquela nacao. No intuito de vingarem os reveses sofridos, os holandeses voltaram, em 1622, a atacar Macau com uma frota de 17 navios, apoiada por 2 navios ingleses. Cardim descreve-nos, da seguinte forma, essa memoravel batalha que, ocorrida no dia de S. Joao (24 de Junho de 1622), ficou a ilustrar as paginas gloriosas da Historia de Macau: "Neste tempo (1622) uma frota holandesa composta de 17 navios, reforcada ainda com 2 navios ingleses, veio bloquear o porto de Macau e por cerco a cidade. Tinha 800 homens de de-

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