ANUARIO DE MACAU 317 didas emanadas do governo central, ja pela passagem da ex-biblioteca publica a nacional vai se criando um acentuado gosto pela cultura literaria. E importantissimo este factor. Isto que acabamos de apontar explica o facto curioso de os organismos musicais terem sido os de mais vitalidade e maior aceitacao. Achamos dever comecar estes apontamentos sobre o hodierno panorama cultural macaense, em 1950, data em que surgiu o Circulo Cultural de Macau. Organismo valioso, construido sobre o entusiasmo dalguns novos que por ca passaram e por meia diizia de macaenses, o Circulo Cultural de Macau teve um principio brilhante. A falta de apoio financeiro e moral quase deixou morrer o circulo. 0 <>Mosaico», orgao do circulo, e, por enquanto, o que resta dessa actividade. Outro organismo nasceu entrementes. Referimo-nos a Delega580 do Circulo de Cultura Musical, nascida em Junho ultimo, e que ja trouxe ate nos Varela Cid, Silva Pereira, Alfredo Campoli, Catarina Heinz e Antonio David. E, tratando-se dum organismo musical, nao so a sua inauguracao foi brilhante mas o seu futuro parece vir a ser auspicioso. Este e o panorama cultural macaense. Se acrescentarmos a isto a actividade radiofonica, salientando aqui a nova orientacao do Radio Clube de Macau, a actividade cinematografica, so de longe em longe cumprindo a sua tarefa de veiculo de cultura, e alguns espectaculos de amadores, quase sempre pobres, eis tudo. E poderemos entao dizer : — Eis Macau !, a sua faceta cultural. BIBLIOGRAAFI Desde 1940 sairam dos prelos da Imprensa Nacional, a principal editora de Macau, as obras que se seguem: Camoes em Macau P.e Manuel Teixeira. Breve Relacao da Vida e Feitos de Lopo e Inacio Sarmento de Carvalho Major C. R. Boxer. A Grata de Camoes Texto de Wenceslau de Morais.
RkJQdWJsaXNoZXIy MTQ1NDU2Ng==