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Fontes Históricas Sobre Macau no Arquivo Histórico de Goa. Séculos XVI a XIX 6 O Arquivo Nacional da Torre do Tombo foi exemplar ao facilitar a edição de muita da documentação da sua colecção chamada de Chapas Sínicas – hoje já inscrita no Programa ‘Memória do Mundo’ da UNESCO -- essencial para o conhecimento e compreensão das relações entre a administração imperial Chinesa e administração Portuguesa de Macau durante os séculos XVIII e XIX 7 . Colecção de consulta obrigatória para qualquer estudioso de Macau são também os importantes fundos documentais da Companhia de Jesus, antigamente conservados no Colégio de S. Paulo em Macau e depois preservados em cópia setecentista na biblioteca real do Palácio da Ajuda como um fundo autónomo, a colecção Jesuítas na Ásia . Também aqui, com o apoio do Instituto Cultural de Macau e do Instituto Português do Oriente, foram esses fundos inteiramente inventariados e em 1998 publicado um extenso catálogo. 8 O caso do Arquivo Histórico Ultramarino é outro caso paradigmático deste vigoroso processo de divulgação de fontes para o estudo de Macau, processo que, obedecendo a uma estratégia cuidadosamente elaborada dentro do Instituto Cultural de Macau, se concluiu na sua maioria antes da transferência da soberania de Macau para a China em 1999. 9 Herdeira em sucessão dos fundos do Conselho Ultramarino, dos da antiga Secretaria de Estado da Marinha e Ultramar, do Ministério das Colónias e do Ministério do Ultramar, a documentação do AHU relativa a Macau é imensa. Beneficiando do apoio do Instituto Cultural de Macau, receberam esses fundos um tratamento privilegiado no âmbito do AHU, estando bem preservados 7 Vide Isaú Santos and Lau Fong, eds., Chapas Sínicas. Macau e o Oriente nos Arquivos Nacionais. Torre Do Tombo (Macau: Instituto Cultural de Macau, 1997), e Jin Guoping 金國平 e Wu Zhiliang 吳志良 , eds., Correspondência oficial trocada entre as autoridades de Cantão e os Procuradores do Senado. Fundo das Chapas Sínicas em Português, 8 vols. (Macau: Fundação Macau, 2000). Veja-se também sobre as ‘chapas sínicas’ e a sua importância para a história de Macau, Jin Guoping 金國平 , Wu Zhiliang 吳志良 , e António Vasconcelos de Saldanha, ‘Introdução. As “Chapas Sínicas”, a História de Macau e as Seculares Relações Luso-Chinesas’, in Sob o Olhar de Reis e de Imperadores. Documentos Do Arquivo Nacional Da Torre Do Tombo Relativos à Administração Luso-Chinesa de Macau Durante a Dinastia Qing, Macau - 普天之下--葡萄牙國家檔案館藏清朝澳門中葡關係文獻集 . (Macau: Instituto Português do Oriente – Instituto Para os Assuntos Cívicos e Municipais, 2004). 8 Francisco G. da Cunha Leão, Jesuitas na Ásia. Catálogo e Guia, 2 vols (Macau: Instituto Cultural de Macau - Instituto Português do Oriente - Biblioteca da Ajuda, 1998). 9 Sobre a formulação dessa estratégia no Instituto Cultural de Macau vide Tereza Sena, ‘Projecto de Pesquisa e Publicação Bilingue de Fontes Comparadas Para a História de Macau: Objectivos, Metodologia e Execução’, Leba, no. 7 (1992): 493– 514. Veja-se um importante testemunho sobre a implementação dessa estratégia também em Tereza Sena, ‘The Roots of Present Macaology (Historiographical Perspective). Macao’s Historiographical Renewal in the Late 20th Century’, in 澳門學引論 : 首屆澳門學國際學術研討會論文集 - Proceedings of the First International Conference on Macaology, ed. Wu Zhiliang 吳志良 , Lin Guangzhi 林廣志 , and Hao Yufan ( 北京市: 社會科學文獻出版社 , 2012), 165–84.

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