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Fontes Históricas Sobre Macau no Arquivo Histórico de Goa. Séculos XVI a XIX 7 e devidamente catalogados como o prova o modelar catálogo Macau e o Oriente no Arquivo Histórico Ultramarino publicado em 1997 . 10 Por razões que aqui não têm lugar, não pôde ter a mesma fortuna o antigo arquivo histórico do Estado da Índia, hoje em Panaji, Goa, Índia 11 . Isto já muito depois dos esforços envidados na passada década de 50 pelas autoridades portuguesas para preservar em microfilme muitos dos seus fundos (inclusive vários livros da Correspondência de Macau) 12 . E é pena: A multissecular história do antigo arquivo do Estado Português da Índia, nas diferentes fases da sua existência desde a quinhentista Torre do Tombo de Goa até ao Arquivo Geral e Histórico da Índia Portuguesa e deste até ao presente arquivo histórico do Directorate of Archives & Archaeology de Goa, está bem estudada e é bem conhecida 13 . As colecções especificamente referentes a Macau estão devidamente assinalados naquele que é desde 1955 até hoje o catálogo oficial do arquivo 14 , e mereceram especial atenção de historiadores como Charles Boxer (que muito parcialmente os sumariou em texto especificamente dedicado à importância do arquivo histórico 10 Isaú Santos, Macau e o Oriente no Arquivo Histórico Ultramarino (Macau: Instituto Cultural de Macau, 1997). 11 Sobre as vicissitudes passadas pelo arquivo histórico de Goa nas últimas três décadas do sec.XX , veja-se Dilep B. Naik, ‘Development of Goa Archives during the past three decades and the problems’, in Fourth Centenary Volume of the Goa Archives 1595-1995, ed. S.K. Mhamai, 2001, 165–77. 12 A campanha de microfilmagem dos fundos do então denominado Arquivo Geral e Histórico da Índia Portugues inscrevia-se na missão da Filmoteca Ultramarina Portuguesa (FUP) criada com o objetivo de “reunir em microfilme os principais núcleos de documentação relativos à ação dos Portugueses no mundo, provenientes de diversos arquivos e bibliotecas nacionais e estrangeiros”. Como órgão de divulgação e inventário dos seus fundos, a FUP publicava periodicamente o Boletim da Filmoteca Ultramarina que totalizou 50 volumes editados entre 1954 e 1993. Os fundos da Filmoteca Ultramarina Portuguesa foram depois herdados pelo Instituto de Investigação Científica Tropical e são hoje pertença do Arquivo Histórico Ultramarino, Lisboa. Vide Maria Augusta da Veiga e Sousa, Roteiro e Descrição Sumária dos Documentos que existem, em microfilmes, na Filmoteca do Centro de Estudos de História e Cartografia Antiga (Lisboa: Instituto de Investigação Científica Tropical, 1986). Um meritório trabalho de digitalização dos microfilmes da FUP tem sido levado a cabo por aquelas duas últimas instituições, incluindo-se já nesse projecto a digitalização dos microfilmes de 64 livros (1747-1830) de um conjunto de 69 que integram em Goa a série ‘Correspondência de Macau’. 13 Ver, sobretudo, Panduronga S.S. Pissurlencar, ed., Roteiro dos Arquivos da Índia Portuguesa (Publicação do Arquivo Histórico do Estado da Índia), 2a ed. (Panaji, Goa: Government Printing Press, 2009) [reedição da 1a ed., Tipografia Rangel -Bastorá, 1955], e António Vasconcelos de Saldanha, ‘Do Arquivo Quinhentista da Torre do Tombo de Goa à “Colecção de Tratados” de Júlio Firmino Júdice Biker’, in Colecção de Tratados de Pazes que o Estado da India Portugueza fez com os Reis e Senhores com quem teve relações nas Partes da Azia e Africa Oriental, 2nd ed. (New Delhi, 1996). Ver também a importante série de estudos incluídos em S.K. Mhamai, ed., Fourth Centenary Volume of the Goa Archives 1595-1995 (Panaji, Goa: Directorate of Archives and Archaeology, Government of Goa, 2001). Sobre o presente arquivo consulte-se http://daa.goa.gov.in/ . 14 Pissurlencar, Roteiro dos Arquivos da Índia Portuguesa (Publicação do Arquivo Histórico do Estado Da Índia), 125–27.

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